Passamos um fim de semana muito gostoso em Ouro Preto no final de abril.
Dias ensolarados, céu azul, friozinho à noite, pouca gente na cidade.
Infelizmente, por esquecimento, a máquina fotográfica ficou em casa; mas não é preciso motivo para voltar... :)
Ficamos no Grande Hotel de Ouro Preto, obra do jovem Niemeyer, concebida em 1938 e construída em meados da década de 40; uma construção moderna em meio ao colorido casario colonial, contraste que gerou muitas polêmicas. O pedido da sua construção veio do presidente Getúlio Vargas, para receber autoridades brasileiras e estrangeiras. Nessa época, a cidade já havia sido oficialmente declarada "Monumento Nacional" (1933) e tombada pelo recém criado Spham (1938). Na época da restauração, em 1995, Niemeyer deixou registrado nas paredes do Hotel desenhos de mulheres e montanhas, e projetou a área da piscina e anexo com novos apartamentos. Os quartos ainda guardam móveis antigos da época; a escada de madeira circular que leva ao aposento superior é um charme. A vista do aposento inferior, das montanhas e cidade, é incrível.
Visitamos a Igreja São Franciso de Assis, construção iniciada em 1766. Aleijadinho assina o projeto; teto pintado pelo Mestre Ataíde. É linda!
Jantamos em um sobrado colonial ao lado da igreja (Restaurante Bené da Flauta), que já serviu de moradia ao mestre Ataíde na época em que pintava o teto da igreja e mais recentemente, de ateliê ao artista plástico Fernando Lucchesi.
A Retropectiva Fernando Lucchesi na Galeria FIEMG, na praça Tiradentes, homenageia o artista com a exposição de cerca de 70 obras de sua autoria.
Visitamos também a Casa Guignard, com a exposição Guignard: uma nova leitura. Os cartõezinhos desenhados na década de 30 para um amor platônico (Amalita Fontinelli) merecem destaque, são fofos e delicados.
Passamos no Museu do Oratório, que pertence ao conjunto arquitetônico da Igreja Nossa Senhora do Carmo. Possui coleção única com cerca de 160 tipos variados de oratórios e 300 imagens, dos séculos XVII ao XX. As peças foram doadas ao IPHAN pela colecionadora Angela Gutierrez.
O Teatro Municipal data de 1770, foi re-inaugurado em 2007, e é o mais antigo em funcionamento no Brasil.
O almoço no domingo foi no Restaurante Piacere, uma cave montada em um porão do século XVIII no bairro de Rosário, destinada a ser a cozinha italiana de Ouro Preto; projetada recentemente pelos arquitetos Jô Vasconcellos e Éolo Maia, tem uma agradável composição entre o antigo e moderno. Os pratos são deliciosos e o local é muito aconchegante.
http://www.oratorio.com.br/
http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&cat=31&con=2273
http://eravirtual.org/