domingo, 13 de setembro de 2015

Peru

Retomando os posts depois de anos e aproveitando para deixar o registro, dicas e impressões da nossa viagem ao Peru em setembro de 2015. As dicas podem ser úteis para alguém que vai logo mais (né, Lú?!).

O planejamento da viagem contou com algumas dicas garimpadas em blogs (sundaycooks.com, viajenaviagem.com), sites (tripadvisor.com), guias (Lonely Planet) e junto a amigos (Dri, Aninha, Matheus). Baixei um aplicativo bacana no celular (CityMaps2Go) para plotar os pontos de interesse no mapa e me localizar offline.

Valores da moeda no período da viagem: 1 USD = 3,60 BRL = 3,20 PEN.

Roteiro & Passeios:

5a dia 03: SP-Cusco. Chegamos na hora do almoço em Cusco. Plaza del Armas, Mercado Central de San Pedro.
6a dia 04: andanças em Cusco. San Blas, mirante, Museo Larco, Museo Inka.
sábado dia 05: Mercado de San Pedro. À tarde City Tour (Catedral, Qoricancha, Qenqo, Sacsayhuama, Tambomachay).
domingo dia 06: Pisac (ruínas, mercado), almoço Urubamba (destaque para os tiraditos de truta e arroz doce) em um lugar muito agradável, ruínas Ollantaytambo (bacana, mas muita gente nesse horário) e Chinchero (parada em local com artesanias e explicação sobre técnicas manuais de tecelagem).
2a dia 07: Moray e Salineras de Maras. Pegamos um táxi depois das Salineras e fomos para Ollantaytambo. Andanças pela antiga vila inca (as bases das construções antigas são encontradas em vários pontos).
3a dia 08: ruínas Ollantaytambo parte free, legal demais. Trem à tarde para Machupicchu-Aguas Calientes.
4a dia 09: Machupicchu (ruínas, trilha Intipunku). Trem no final da tarde para Poroy-Cusco.
5a dia 10: andanças por Cusco. Fui no Planetarium Cusco no começo da noite.
6a dia 11: Cusco-Lima de manhã. Andanças por Miraflores à tarde e Barranco à noite.
sábado dia 12: andanças por Miraflores, incluindo a orla, Parque do amor, Praça Kennedy, com casais dançando salsa :). Voo para SP às 22h.

dicas:

Após pesquisar algumas opções de tours privados e achar tudo muito caro (média de $100 por pessoa - carro e guia), ainda mais pelo valor do dólar, fechamos os passeios em grupo na Orellana Tours (dias 05 a 07), em cujo escritório entramos por acaso. Valeu a pena, em dois dias andamos em micro-onibus novinhos (da própria empresa) e um dia em uma van. Os guias que nos acompanharam eram ótimos, especialmente nos dois primeiros dias. Valor por pessoa, nos três dias, com um almoço muito bom no dia 06: 110 soles.
Valeu muito a pena ficar um tempo em Ollantaytambo.
Vale a pena fazer um dos percursos de trem durante o dia. Há ruínas e se avistam picos com neve ao longo do caminho. É interessante notar a mudança de vegetação (para florestas) à medida que o trem se aproxima de Machupicchu.
Os ingressos para Machupicchu foram comprados no site http://www.machupicchu.gob.pe com um mês e meio de antecedência.
Acordamos cedo e chegamos umas 5:40 na fila do ônibus, que já estava longa (esperamos uns 40 min). Achamos que a volta de trem poderia ter sido comprada para o meio da tarde, ao invés do final da tarde.
Em Machupicchu, além das ruínas (eles entregam um mapa na entrada com a sugestão do caminhamento), há duas montanhas para subir (Huaynapicchu, Montaña) e duas trilhas para percorrer (Intipunku, ponte inca). O acesso para as duas primeiras é restrito a um número limitado de pessoas e tem que ser comprado junto com o ingresso (não havia mais para Huaynapicchu, o mais concorrido, quando compramos). Fomos até Intipunku, o portal do sol, por onde chegam os que fazem a trilha inca. A trilha é ascendente ("leve" mas constante) e ruma para o lado esquerdo de quem chega no parque. A vista para as ruínas é bacana demais.

Clima:

Em Cusco as noites são bem geladas (mesmo), então leve roupa muito quente, gorro, cachecol, luva. Pode esquentar de dia, em um dia ensolarado, mas na sombra faz frio. Ollantaytambo é um pouco menos fria e em Machupicchu a temperatura sobe.
Pegamos chuva em Cusco no sábado dia 05 de manhã, raro nessa época (culpa do el niño), e céu azul em Lima num sábado muito gostoso (parece que dias assim também são raros, ainda mais nessa época).
Tem que usar protetor solar. E repelente... tem muito borrachudo em Machupicchu (pueblo e ruínas), onde a área é mais florestada. Vimos muita gente com várias marcas de picadas.

Transporte:

A passagem aérea (multitrechos: SP-Cusco; Cusco-Lima; Lima-SP) foi comprada direto no site da Avianca depois de encontrada uma promoção no site melhoresdestinos.com.br.
As passagens de trem Ollantaytambo-Machupicchu e Machupicchu-Poroy (Vistadome) foram comprada com um mês e meio de antecedência direto no site perurail.com, pagando com cartão BB.
Táxi: Cusco: aeroporto-Hotel (10 dolares), corridas em Cusco (média de 4 soles); Lima: aeroporto-hotel (60 soles ida, 50 volta), Miraflores-Barranco (média 10 soles).

Hospedagem:

03-07 e 09-11: Cusco. Tierra Viva Cusco Saphi. Ótimo hotel e café da manhã, silencioso, muito confortável. Chá (de coca) e café disponível o tempo todo; garrafa de água free deixada no quarto todos os dias; funcionários eficientes. Fica a cerca de 600 m da Plaza de Armas, rua plana.

07-08: Ollantaytambo. Kamma Guest House. Confortável, ótima localização e vista, fica ao lado da entrada para as ruínas com acesso free. Ótimo custo benefício.

08-09: Aguas Calientes (Machupicchu Pueblo). Adelas Hostel. Bem próximo da estação de trem e ponto de partida dos ônibus para Machupicchu. Bom custo benefício. Fica ao lado da via férrea, mas como o último trem chega umas 22:30, o barulho não incomodou.

11-12: Lima. Ibis Miraflores. Bom custo benefício, boa localização. Fica a uns 300m do mar (e do shopping Larcomar, que não achei nada demais, tirando a localização).

As reservas de hospedagem foram feitas através do booking.com e direto no site do Ibis, sem precisar pagar adiantado e com possibilidade de cancelamento sem custo até próximo da data da reserva.
Todos guardaram a bagagem sem custo nos dias/horas entre diárias ou até a hora de pegar o trem/avião.
A seleção para esta viagem foi aprovada e recomendamos todos os estabelecimentos.

Comidas & Bebidas:

Alguns selecionados: Cusco: Qucharitas (empanadas, suco de aguaymanto e sorvetes, sorvetes e sorvetes - o escolhido: base quinua, fruta lucuma e cobertura misturada de nutella - diferente e saboroso), Cafe Morena (tallarin saltado), Sumaqcha (rocoto relleno cusqueño e outros), Norton's pub (seleção do Beethoven :) chopp artesanal, há um balcão voltado para a praça, se aguentar o frio…), Justina (pizza boa, mas se estiver cheio pode demorar). Machupicchu: El Indio Feliz, Incontri (pizza marguerita). Lima: El Punto Azul (ceviche, torta tres leches), El rincon de bigote (almejas, ceviche).
Muitos pratos servem dois…


Machupicchu

Ruínas de Pisac
Plaza de Armas em Cusco

 vicuña (selvagem) - alpaca (domesticado)
guanaco (selvagem) - lhama (domesticado)


domingo, 29 de maio de 2011

Bilhete

Ana Martins Marques

Eu deixei um bilhete sobre a mesa para quando você acordar.
Eu tive que sair muito cedo e não sabia exatamente que
palavras deixar. Eu queria te dizer várias coisas sobre a noite,
coisas que começariam com palavras claras e doces, mas
ligeiramente acidas, e depois um pequeno segredo e uma
declaração firme e discreta e por fim uma frase que seria fria
por fora mas quente por dentro como uma sobremesa francesa.
Mas foi tão difícil, o sol batia de leve sobre a mesa, você
dormia tão próximo e eu ainda não tinha calçado os sapatos,
o que certamente interferiu um pouco na minha caligrafia.
Seu apartamento de manhã ainda decorado com os restos
da noite. Eu não sabia o que dizer, e se a única caneta que
encontrei era vermelha você pode supor meu sobressalto e
então eu apenas escrevi
É tão tarde, mas
eu estou pronta
se você estiver
e desenhei sem cuidado no canto esquerdo do papel
um pequeno veleiro.

sábado, 28 de maio de 2011

domingo, 8 de maio de 2011

Ouro Preto

Passamos um fim de semana muito gostoso em Ouro Preto no final de abril.
Dias ensolarados, céu azul, friozinho à noite, pouca gente na cidade.
Infelizmente, por esquecimento, a máquina fotográfica ficou em casa; mas não é preciso motivo para voltar... :)

Ficamos no Grande Hotel de Ouro Preto, obra do jovem Niemeyer, concebida em 1938 e construída em meados da década de 40; uma construção moderna em meio ao colorido casario colonial, contraste que gerou muitas polêmicas. O pedido da sua construção veio do presidente Getúlio Vargas, para receber autoridades brasileiras e estrangeiras. Nessa época, a cidade já havia sido oficialmente declarada "Monumento Nacional" (1933) e tombada pelo recém criado Spham (1938). Na época da restauração, em 1995, Niemeyer deixou registrado nas paredes do Hotel desenhos de mulheres e montanhas, e projetou a área da piscina e anexo com novos apartamentos. Os quartos ainda guardam móveis antigos da época; a escada de madeira circular que leva ao aposento superior é um charme. A vista do aposento inferior, das montanhas e cidade, é incrível.


Visitamos a Igreja São Franciso de Assis, construção iniciada em 1766. Aleijadinho assina o projeto; teto pintado pelo Mestre Ataíde. É linda!
Jantamos em um sobrado colonial ao lado da igreja (Restaurante Bené da Flauta), que já serviu de moradia ao mestre Ataíde na época em que pintava o teto da igreja e mais recentemente, de ateliê ao artista plástico Fernando Lucchesi.
A Retropectiva Fernando Lucchesi na Galeria FIEMG, na praça Tiradentes, homenageia o artista com a exposição de cerca de 70 obras de sua autoria.
Visitamos também a Casa Guignard, com a exposição Guignard: uma nova leitura. Os cartõezinhos desenhados na década de 30 para um amor platônico (Amalita Fontinelli) merecem destaque, são fofos e delicados.
Passamos no Museu do Oratório, que pertence ao conjunto arquitetônico da Igreja Nossa Senhora do Carmo. Possui coleção única com cerca de 160 tipos variados de oratórios e 300 imagens, dos séculos XVII ao XX. As peças foram doadas ao IPHAN pela colecionadora Angela Gutierrez.
O Teatro Municipal data de 1770, foi re-inaugurado em 2007, e é o mais antigo em funcionamento no Brasil.
O almoço no domingo foi no Restaurante Piacere, uma cave montada em um porão do século XVIII no bairro de Rosário, destinada a ser a cozinha italiana de Ouro Preto; projetada recentemente pelos arquitetos Jô Vasconcellos e Éolo Maia, tem uma agradável composição entre o antigo e moderno. Os pratos são deliciosos e o local é muito aconchegante.

http://www.oratorio.com.br/
http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&cat=31&con=2273
http://eravirtual.org/

Filmes

Em vídeo: Amores imaginários (Les Amours imaginaires - Canada 2010 - Xavier Dolan )

No cine:

Como arrasar um coração (L'Arnacoeur - França 2010 - Pascal Chameil) - bem divertido!

O concerto (Le concert - Bélgica França Itália Romênia Rússia - Radu Mihaileanu) - muito bom.

Inhotim

Visitamos em um sábado ensolarado de março o Museu do Inhotim, de arte contemporânea, situado em Brumadinho - MG. Sua sede possui 97 ha, apresenta diversos pavilhões que abrigam obras de arte e também tem esculturas ao ar livre, além paisagens lindas, que incluem projetos de Burle Marx.
São cerca de 4300 espécies catalogadas no Jardim Botânico do espaço, com destaque para a expressiva coleção mundial de palmeiras (1500 espécies/variedades). Também destacam-se as coleções de Araceae (450 espécies) e orquídeas (330 espécies).
Em 2010 foi reconhecida a RPPN Inhotim, com cerca de 145 ha dentro da área da propriedade. É constituída por remanescentes da Floresta Estacional Semidecidual Montana e regiões de Cerrado no topo da serra.
Na volta, paramos em um boteco de beira de estrada onde tocava um sanfoneiro, e também no restaurante do Topo do Mundo, para apreciar o final de tarde.

http://www.inhotim.org.br/

domingo, 13 de março de 2011

Instituto Tomie Ohtake

Um ótimo programa no último sábado:
almoço no restaurante do Instituto Tomie Ohtake (Santinho) - comida excelente
e visita à quatro ótimas exposições:
- Miragens - arte contemporânea do mundo islâmico
- Veja ilustre passageiro: o Atelier Mirga e os cartazes de bonde
- Caprichosamente engarrafada: rótulos de cachaça
- Relicário - exposição de Vik Muniz.